Saturday, April 28, 2012

As quatro estações (americanas)

Editado pela Orange Mountain Music, em gravação pela London Philharmonic Orchestra, dirigida por Marin Alsop, eis que chega a disco o segundo concerto para violino de Philip Glass. Como solista surge aqui Robert McDuffle.

Foi sob um desafio de encontrar uma projecção americana (ou ecos) das Quatro Estações de Vivaldi que Philip Glass compôs o seu Concerto Para Violino Nº 2, que tem por sub-título The American Four Seasons. Terminado (e estreado) em 2009, o concerto resulta da materialização de anos de trocas de ideias entre o compositor e o vilolinista Robert McDuffle (a quem é dedicado e que não só o estreou como aqui agora o grava). Como recorda Philip Glass no texto que inclui nesta edição, foi do violinista que partiu a proposta de criação de uma obra companheira para as Quatro Estações de Vivaldi. Sem reconhecer a início quais seriam as possíveis ligações a estabelecer entre a obra de Vivaldi e a sua música, Glass fez o que sempre faz: lançou-se ao trabalho. A forma final do concerto revela uma obra em quatro andamentos, separados por três “canções”, antecedidos por um prólogo. São assim quatro as estações, tantas quanto as de Vivaldi (e as do ano). Mas aqui Glass não aplicou um programa que as caracterizasse, aos músicos (e também aos ouvintes) cabendo a liberdade de cada uma projectar a "estação" que quiser na “estação” que entender, a quantidade de permutações possíveis alargando matematicamente o leque de interpretações possíveis do concerto. A ideia de liberdade que Glass define nesta sua visão “americana” de uma música que passa por quatro estações abarca ainda o prelúdio e canções, que, como explica ainda o compositor, podem ganhar vida fora do quadro do próprio concerto. Sob a esclarecida batuta de Marin Alsop, que se tem afirmado como uma das mais interessantes figuras de proa na divulgação da música americana (gravou já obras de nomes como Barber, Bernstein, Adams, Copland, Daugherty e do próprio Glass), a London Philharmonic Orchestra dá vida a uma das mais cativantes das obras recentes de Philip Glass. Agora cada um que escolha que estação corresponde a cada andamento...



Imagens, captadas em Londres, de ensaios deste concerto. A maestrina e o violinista reflectem também aqui sobre esta obra de Philip Glass.

Monday, April 23, 2012

Canções do ano (7)Twin Shadow, Castles In The Snow


Mais uma canção que fica na história da banda sonora de 2011. Um dos temas do álbum de apresentação Twin Shadow, aqui num teledisco rodado em São Paulo sugerindo ambientes que bem podiam ser na Nova Iorque de há 30 anos... Este é Castles In The Snow.

Thursday, April 19, 2012

E chegou 'All You Need Is Now'...

O single de avanço para o novo álbum dos Duran Duran já está disponível no iTunes. O álbum, também com o título All You Need Is Now, em edição digital, está previsto para dia 21 deste mês.

Sunday, April 15, 2012

Acontecimentos do ano: Tim Burton no MoMA


Era até uma exposição relativamente pequena, ocupando poucas das salas do museu nova-iorquino, mas ‘Tim Burton at the MoMA’ foi das mais faladas do ano, com bilhetes comprados de avanço e espaço permanentemente cheio. Uma retrospectiva do trabalho do realizador, cruzando as suas criações para o cinema com outras apenas pensadas para o papel. Uma vez mais o Museum of Modern Art, em Nova Iorque, a mostrar porque é o mais entusiasmante dos museus de arte contemporânea.

Tuesday, April 10, 2012

As fotos do ano no "Boston Globe"

12 de Junho — marcas do derrame de petróleo no Golfo do México:
uma onda em Orange Beach, Alabama
FOTO Dave Martin / AP

The Boston Globe é um jornal que confere especial importância ao mundo das imagens, mantendo um vasto e muito bem organizado espaço dedicado à fotografia, e ainda o blog The Big Picture. É nesta zona que surge um magnífico balanço de fotos do ano dividido em três partes: nada mais nada menos que 120 imagens para revisitarmos algumas memórias de 2010 [1 + 2 + 3].

25 de Abril — uma menina faz pose para a mãe a fotografar
junto ao Pavilhão Chinês, na Exposição Mundial em Xangai
FOTO Aly Song / REUTERS

28 de Fevereiro — Pelluhue, província de Cauquenes, Chile:
depois de um tremor de terra, um habitante mostra a bandeira nacional
FOTO Roberto Candia / AP

Saturday, April 7, 2012

Geo-Spinner,W/Crystal, Copper"


Features
  • Copper Plated W/ Crystal
  • Opens like a fan
  • Metal construction
  • Stable in strongest winds.
  • The antidote to windchimes. Quiet

List Price:
This Month Special Offer: check this out!

Product Description
The Diamond copper wind vane is a perfect antidote to wind chimes. They come flat, then open as a fan to create a three dimensional eye-opener. When rotating in the breeze, the planes that have been separated from each one with each at a slightly different angle, reflect the light back in a flash of expanding radiance. The plated copper mirror-like surface picks up every color around and in scintillating flashes we watch this incredible light show. Made from solid, chrome plated metal, your Geo-Spinner will last for many seasons and stay shinny and like new. Heavier then most outdoor wind spinners, the Geo-Spinner works great in those areas known for high winds. TWIRLY THINGS keepS things moving.


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Friday, April 6, 2012

Novas edições: Automelodi, Automelodi


Automelodi
“Automelodi”

Weird Records

3 / 5


Quando, em meados da década dos zeros, o Canadá entrou pelos ouvidos do mundo inteiro (os seguidores dos acontecimentos na esferas “alternativas”, entenda-se), as visões que então ganharam forma revelavam essencialmente ideias nos comprimentos de onda indie, colocando em cena uma multidão de novas bandas e artistas com as guitarras (ou as cordas) como aliados preferenciais, que assim alargavam o conhecimento do talento acima do paralelo 49 para lá das regiões demarcadas de grandes cantautores (de Leonard Cohen a Rufus Wainwright, de kd Lang a Joni Mitchell, entre outros mais). Da memória dos oitentas chegavam contudo histórias de um Canadá feito de pop electrónica, com os Men Without Hats como expressão mais bem sucedida de uma geração que, contemporânea de semelhantes experiências deste lado do Atlântico, também por ali inventava um novo presente com sabor a futuro. A pop electrónica certamente nunca deixou de existir por aqueles terrenos (a nós cabendo a falta de atenção para a ir descobrindo). Cabe assim aos Automelodi o papel de, pelo menos, chamar atenções para um espaço que vale a pena conhecer na música canadiana do nosso tempo. O grupo na verdade não é senão o espaço de afirmação criativa de Xavier Paradis (que tem já uma carreira que remonta a finais dos anos 90), ao qual se juntam músicos em função das necessidades. Depois de um primeiro EP de apresentação, Automelodi (editado ainda em 2010) é um disco que serve o apetite dos seguidores dos caminhos de uma pop electrónica com raízes apontadas a referências dos oitentas, estabelecendo frequentes pontes com o um presente com cenário nocturno (como o fazem por exemplo uns Autokratz ou Yelle), tendo em Schema Corporel o melhor exemplo deste tipo de diálogo, onde um sentido de modernidade brota de cenário que pisca olho a texturas que evocam a cold wave. O alinhamento traduz ecos de memórias onde se sentem ecos de uns Blancmange, OMD ou Depeche Mode de primeira geração, ocasionalmente visitando o departamento Joy Division/New Order (Rose A.D.), num outro instante a genética kraftwerkiana (Stylo-Bille), e com outro momento maior ao som de Rayons de Rien, onde se cruzam memórias da melhor pop electrónica francesa dos oitentas, via Indochine ou Etienne Daho (de primeira fase). Tal como há uns dois anos nos mostravam os IGO (de Xangai, na China), a pop electrónica pode trazer boas surpresas fora das geografias onde habitualmente a esperamos.

Tuesday, April 3, 2012

Uma curta-metragem (com banda sonora)


Em tempo de contagem decrescente para a chegada de Tomboy, anunciado para Abril deste ano, Panda Bear apresenta um novo tema que aqui serve de banda sonora para um vídeo de skate assinado pela dupla Atiba Jefferson e Ty Evans. À canção chamou-lhe, simplesmente, Atiba Song.