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Wednesday, April 3, 2013

The Drums remisturados

O novo single dos The Drums vai incluir uma série de remisturas do tema que lhe dá título. Me and The Moon surgirá assim em novas leituras assinadas, entre outros, por nomes como os de Matthew Dear ou Twin Shadow.

Saturday, February 9, 2013

Em conversa: Twin Shadow (2)


Retomamos hoje a publicação de uma entrevista com Twin Shadow que serviu de base ao artigo ‘Com casa em Brooklyn mas a olhar o mundo’ publicado na edição de 13 de Novembro do DN Gente.

Um dos grandes desafios para o músico hoje, com mais de 50 anos de cultura rock, é o de saber reinventar. Qual é o maior desafio para si? Tentar soar a si mesmo?
Creio que esse desafio existiu sempre. Crescemos com tanta música nas nossas vidas que não podemos deixar de ser influenciados, não podemos evitar o passado. O punk foi afastar tudo e não soar a nada que tenha acontecido antes, ser uma nova música. Mas para mim o punk soa a canções do Phil Spector dos anos 50, de certa maneira… Não acho que se possa fugir de um passado musical. Quando se vive por 20 anos ouvimos esses 50 anos de rock’n'roll na música, mais a música clássica… Para mim não interessa fugir de nada ou esforçar-me para fazer algo novo. É mais tentar ser quem seu. Tentar traduzir quem sou através da música.

A música de alguém é o retrato de que ouviu, do que gosta, do que sente e sonha fazer?
Claro… É por isso que as pessoas gostam de material muito autobiográfico… E é também por isso que as pessoas se sentem também tão atraídas pela reality television. É um reflexo do pior de si mesmo, mas mesmo assim não deixa de ser um reflexo de si mesmos. Mas as pessoas sentem-se também atraídas pela fantasia. E há muito de fantasia e de magia neste disco. Muita esperança no futuro?

Vê a escrita de canções como uma forma de escrita de ficção?
Não tenho a certeza. Não sei. Penso muito sobre escritores e penso sobre se estaremos a fazer a mesma coisa… Acho que não é a mesma coisa. Ainda não cheguei a uma conclusão. Mas a música é uma coisa divina. Escrever numa linguagem para expressar qualquer coisa é incrivelmente importante. Mas a beleza da música é o facto de não exigir que se esteja perante uma pessoa inteligente ou uma pessoa que saiba ler ou reconhecer palavras numa página. É mais directo. Não digo que seja melhor, mas chega a mais pessoas. As emoções comunicam primeiro, Depois as palavras.

Emoção pelo som?
É todo um conjunto de elementos. Mesmo que não se entenda a língua que falo entende-se pelo modo que as digo. Acho que sim, pelo som…
(continua)

Friday, January 4, 2013

Em conversa: Twin Shadow (3)


Continuamos a publicação de uma entrevista com Twin Shadow que serviu de base ao artigo ‘Com casa em Brooklyn mas a olhar o mundo’ publicado na edição de 13 de Novembro do DN Gente.

O teledisco de Castles In The Snow foi filmado em São Paulo…
Sim foi filmado no Brasil, em São Paulo. Não tive qualquer participação criativa naquele vídeo. O Jamie Hurley era um fã. Conhecia algum do seu trabalho. Ofereceu-se para fazer um teledisco. Eu não tinha tempo para fazer um, e ele mandou aquele. É perfeito… Ele ligou-se mesmo a algo que faz parte de mim e que admiro. E captou mesmo a energia da canção.

Parece recordar figuras a caminho de um qualquer concerto no CBGB em tempos idos. Chegou a conhecer e viver aquele clube mítico, que agora é uma loja de roupa?
Estive nessa loja de roupa há dias. Ainda não tinha entrado para ver o que tinham lá dentro. É estranho. Mas gosto desta ideia de ver o mundo a avançar porque está vivo. Detesto a ideia do mundo como um museu. Daqui a 100 anos alguém fizer um museu sobre Twin Shadow e o movimento em Brooklyn em 2010… O que é que se pode fazer enquanto ainda houver espaço no mundo?... A vida vive por si. Se um lugar como o CBGB tinha de morrer porque o movimento tinha que morrer, a música tinha de morrer… Mas há algo interessante a acontecer ao virar da esquina e as pessoas devem é ansiar por isso mesmo. Em vez de pensar em quão preciso o seu passado foi.

Ou seja, entende a memória como um ponto de partida e não como um fim em si?
Não o teria dito melhor… Muita gente diz que a minha música é nostálgica e não sinto nada isso.

O que mais ouve dizer sobre a sua música? E como reage?
Estou a gostar. É espantoso… É um sonho feito realidade. Porque desde antes de ter 16 anos era o que eu queria. Espero que as pessoas falem de mim porque estejam interessadas na música. E não porque tenham um trabalho numa agência e tenham de fazer com que se fale dela. Gosto de falar com as pessoas sobre música.

É como uma paixão a partilhar?
Sem dúvida. E sendo universal, todos podemos falar sobre música. Tenho a sorte de viver numa altura onde receber um telefonema de Portugal não é invulgar. E posso falar com pessoas de lugares onde nunca estive.

E o que sente quando ouve alguém a dizer algo sobre a música que não tenha nada a ver com o que pensa dela?
Sim, há sempre isso… Não achava que ia ter tantas referências aos anos 80. Não achava que tanta gente pensasse que Morrissey era o meu herói… OK, não me importo… Pensem o que queiram… Têm essa liberdade…

Tem heróis?
Já não tenho.

Desistiu de ter heróis?
Já não acredito nessa palavra. Penso que há grandes homens e grandes mulheres, houve grandes pessoas. Mas passei muita da minha juventude a olhar para o John Lennon como cantautor e intérprete. E, como tantos, apercebi-me que era apenas um homem… Mas não sei… Mas não olho para ninguém para o encarar como herói…

Acha, por exemplo, que muitos americanos não votaram recentemente nos democratas (nas eleições intercalares) porque, eventualmente, deixaram de ver Obama como um herói?
Penso que o problema foi que ele não era na verdade um herói. É uma pessoa que está a tentar agradar a todos… Quando se tem um herói há demasiado idealismo. Acham que o super-homem os vai apanhar sempre que tenham uma queda…

Monday, April 23, 2012

Canções do ano (7)Twin Shadow, Castles In The Snow


Mais uma canção que fica na história da banda sonora de 2011. Um dos temas do álbum de apresentação Twin Shadow, aqui num teledisco rodado em São Paulo sugerindo ambientes que bem podiam ser na Nova Iorque de há 30 anos... Este é Castles In The Snow.