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Friday, November 16, 2012

Reencontro com Ute Lemper


Ute Lemper, senhora de uma sensibilidade muito clássica, embora sempre disponível para as mais perversas derivações modernistas, está de volta a Portugal, com dois concertos no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, o primeiro dos quais realizado na sexta-feira, dia 14 — antecipando o reencontro (domingo, dia 16), aqui fica um registo de Amsterdam, de Jacques Brel, um dos temas previstos no alinhamento do concerto.



Tuesday, June 19, 2012

Ute Lemper ou a natureza teatral


Pela sua exuberância, tecida de sofisticação e elegância, Ute Lemper é uma daquelas personalidades que pode evocar um rótulo clássico: uma força da natureza. Assim é, de facto. Mas a sua naturalidade em nada contraria — bem pelo contrário, parece atrair — uma elaboradíssima teatralidade.
Assim voltou a ser no magnífico concerto de domingo, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian. Com a Orquestra Gulbenkian, dirigida por Lawrence Foster, Lemper propôs uma digressão Berlim/Paris em que as memórias germânicas (Weill/Brecht) se envolveram com as deambulações francófonas (Brel, Piaf), para desembocarem no espectáculo made in USA, via John Kander (Cabaret, All That Jazz). O concerto conseguiu ser, assim, uma ilustração perfeita da frondosa pluralidade da arte de Lemper e também, afinal, dos muitos cruzamentos temáticos, estéticos e simbólicos que esta temporada 2010/11, delineada por Risto Nieminen, tem sabido promover.
Em cada tema que interpreta, Ute Lemper convoca uma personagem que é a figura ficcional que o tema impõe, mas também uma espécie de alter-ego que dela se distancia, fruindo, desmontando e relançando todos os seus artifícios (hélas!, não é impunentemente que se convoca Brecht). E foi muito bom sentir o maestro e os músicos a participar nesse jogo de máscaras e emoções — afinal de contas, as ironias do entertainment são coisas muito sérias.

Thursday, May 19, 2011

Para cruzar tempos e fronteiras


O Grande Auditório da Fundação Gulbenkian recebe hoje, pelas 19.00 hortas, o segundo de dois encontros com Ute Lemper, num programa que deixa logo no título uma noção clara de viagem (no tempo e no espaço). ‘De Berlim a Paris’ junta num mesmo palco um desfile de composições que apontam (na sua maioria, porque há excepções) a memórias da primeira metade do século XX, a um tempo de invenção de um sentido de modernidade que assistiu a uma progressiva integração de elementos cruzados entre as heranças da tradição “clássica” e novas formas que ganhavam visibilidade em novos palcos, entre bares e cabarets, entre o jazz e novas visões no espaço da música popular. É entre estes caminhos e com Berlim e Paris como cenários para as evocações a convocar que Ute Lemper vai caminhar neste concento no qual será acompanhada pela Orquestra Gulbenkian, dirigida por Lawrence Foster. Entre compositores que frequentam habitualmente os palcos da música clássica como Franz von Suppé, Paul Hindemith ou Erik Satie, o incontornável Kurt Weill e visitas aos mundos de Jacques Brel, Edith Piaf ou Marlene Dietrich, Lisboa reencontra hoje Ute Lemper.