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Friday, April 12, 2013

Futebol: Portugal não organizará Mundial de 2018


ALEXANDER IVANOV

A Aparição de Cristo a Maria Madalena
1834-36

Terminou a aventura das instituições político-desportivas portuguesas e, mais especificamente, da candidatura ibérica visando a organização do Mundial de Futebol de 2018: a FIFA atribuíu essa organização à Rússia (o Qatar receberá o campeonato de 2022). O menos que se pode dizer é que essas mesmas instituições ficam, assim, dispensadas de enquadrar tal projecto no cenário de crise que, todos os dias, nos garantem existir de forma dramática e incontornável. O saldo envolve, por isso mesmo, uma nova e muito positiva hipótese: a de repensarmos as dinâmicas simbólicas e financeiras daquilo que, bem ou mal, continuamos a chamar cultura popular. Para já, a FIFA deu-nos uma ajuda pedagógica pela qual devemos estar gratos.

>>> Mundiais de Futebol, 2018 e 2022: BBC.

Wednesday, March 13, 2013

Gilberto Madaíl no país de Harry Potter


Harry Potter anda, por certo, a estudar o futebol português: afinal de contas, as suas atribulações não podem deixar de seduzir o jovem feiticeiro — este texto foi publicado no Diário de Notícias (6 de Dezembro).

Desde a primeira apresentação oficial da candidatura ibérica à organização do Mundial de Futebol de 2018, fui dos que a consideraram um erro económico, político e simbólico. Com crescente espanto, observei a postura da maioria dos actores da classe política que, embora gritando diariamente a palavra “crise”, se foram escusando ao mais pequeno soluço para, pelo menos, perguntar qual o lugar da indústria do futebol na dinâmica financeira do nosso país. E não tanto porque, de acordo com os números agora divulgados, Portugal investiu 2,8 milhões de euros na sua candidatura. Sobretudo porque não descobri um único discurso oficial para situar o Mundial na hierarquia das prioridades nacionais.
Daí que, esta semana, seja inevitável eleger as imagens de Gilberto Madaíl [foto à esquerda], logo após o anúncio da Rússia como país organizador da competição de 2018, como um momento emblemático da arte contemporânea de ser português. Naturalmente cansado e desiludido, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol fez questão em deixar aos repórteres presentes em Zurique uma devastadora insinuação: para ele, o projecto russo foi sempre “misterioso”.
Há qualquer coisa de profundamente incómodo quando alguém que, embora ligado a uma área profissional específica, representa internacionalmente o nosso país, vem a público referir-se a um outro país utilizando este tipo de não-discurso. Dir-se-ia que encontramos aqui o síndroma Harry Potter. Na sua tecnocracia tecnológica, os filmes do “jovem feiticeiro” são cada vez mais longos e espalhafatosos, mas ao fim de quase três horas de tédio, aquilo que a história avança cabe em meia dúzia de palavras: afinal, o malvado Voldemort [imagem à direita] conseguiu a espada...
Sem surpresa (e salvo distracção pela qual, desde já, me penitencio) os comentadores que insistem em classificar os resultados dos jogos de futebol como “justos” ou “injustos”, não se pronunciaram sobre a questão. E teria sido útil avaliar se é justo lançar suspeitas deste teor sobre a Rússia e os seus representantes. Mais do que isso: há pelo menos dois anos, face à apresentação da nossa candidatura como um “desígnio nacional”, teria sido interessante perguntar quais os problemas de justiça económica e social que um Mundial de Futebol viria ajudar a enfrentar, eventualmente resolver (isto, claro, sem esquecer que os dez estádios do Euro 2004 nos lançaram no vertiginoso progresso e bem estar que, actualmente, desfrutamos...).
Fascinante palco de imagens, emoções e celebrações, o futebol continua a ser um universo que a ideologia mediática dominante coloca fora de qualquer discussão cultural. Em boa verdade, sendo a cultura a paisagem (imensa e contraditória) da nossas formas de percepção e acção sobre o mundo, o futebol, mais do que os filmes, os livros ou as músicas, é o produto cultural por excelência. Que muitos políticos, e não poucos jornalistas, recalquem essa evidência, eis o que se afigura, no mínimo, misterioso.

Thursday, November 8, 2012

Jazz entre a América e Matosinhos


Um belo cartão de visita para a editora Word of Mouth Music: Our Secret World é o resultado do encontro do guitarrista americano Kurt Rosenwinkel com a Orquestra Jazz de Matosinhos, dirigida por Carlos Azevedo e Pedro Guedes. Dito de outro modo: uma antologia breve [7 temas — ver video de apresentação de Zhivago] de composições intimistas de Rosenwinkel, ao mesmo tempo "ampliadas" e reencenadas pela sonoridade do colectivo, acabando por gerar uma cerimónia quente e envolvente. A provar, afinal, que a geografia do jazz em Portugal se tece através de muitos, variados e estimulantes caminhos.


>>> Site oficial de Kurt Rosenwinkel.
>>> Site oficial da Orquestra Jazz de Matosinhos.

Sunday, October 21, 2012

Em tempo de outras tradições


Este texto foi publicado na edição de 27 de Dezembro do DN com o título “E para o próximo ano haja mais um Natal com os Pop Dell'Arte”

Porque as tradições não têm de ser exactamente o que eram, a noite de Natal lisboeta começa a conhecer novas... tradições. Se o Legendary Tiger Man já ganhou lugar cativo na ZDB, os Pop Dell'Arte começam a conhecer semelhante estatuto no palco do Maxime. E, na noite de sábado, foi o próprio João Peste, vocalista do grupo, quem deixou já levantado o véu de eventuais cenas dos próximos capítulos para a agenda natalícia daquela sala (hoje vibrante e revitalizada) em Dezembro de 2011. E tal como ele o disse, também nós, que os vimos, deixamos já o desejo bem claro. E queremos estar ali, novamente, daqui a um ano, para ver e ouvir os Pop dell'Arte.

Mas este foi um concerto de Natal diferente para o grupo (que é um dos mais sólidos casos de veterania nascidos do panorama alternativo do Portugal dos oitentas). Em 2010, e após um hiato de 15 anos (pelo caminho apenas interrompido por um EP e um best of), os Pop Dell'Arte voltaram a editar um álbum de originais. E se o alinhamento do concerto percorreu várias etapas de uma obra que remonta a meados de 80, as canções de Contra Mundum representaram um espaço de justificado protagonismo, abrindo a noite inclusivamente ao som de Ritual Transdisco e My Rat Ta Ta, precisamente as faixas que abrem o novo álbum lançado este ano.

O disco de 2010, no qual o grupo cruza elementos de uma linguagem muito pessoal com ecos de sinais dos tempos que hoje vivemos não foi todavia a única "estrela" da noite, acabando de certa forma por partilhar algumas atenções com temas do histórico Free Pop, álbum de 1987 (o primeiro da discografia dos Pop Dell'Arte) que, anunciou João Peste em palco, será reeditado em Janeiro de 2011. Canções como Rio Line, Avanti Marinaio ou Turin Welisa Strada, que fazem parte da história da génese de uma ideia de música "alternativa" no Portugal de meados dos oitentas, não exibem sinais maiores de envelhecimento 23 anos depois do momento em que chegaram a disco pela primeira vez. De resto, pela conquista de um idioma particular, os Pop Dell'Arte cedo demarcaram um espaço de identidade que cruza tempos, línguas e formas, o mash up que resulta do alinhamento de um concerto acabando por reflectir essa mesma força que ainda hoje os distingue dos demais nomes da música (moderna) portuguesa.

Houve espaço para memórias. Para ouvir Sonhos Pop, My Funny Ana Lana ou Querelle. Houve uma versão de um clássico dos T-Rex. Houve um clima informal. Houve casa cheia. E para o ano muitos dos presentes ali certamente regressarão.

Thursday, January 26, 2012

Um mundo com WikiLeaks (4)

JAWS / Tubarão (1975)

[1] [2] [3]

* 1975. Em 1975, quem defendesse o filme Tubarão, de Steven Spielberg, era acusado de cumplicidade com o “imperialismo americano”. Assim mesmo, literalmente: o mundo das ideias só podia existir como uma paisagem dicotómica e a simples sugestão de que era possível lidar com a especificidade cinematográfica, os gestos da política e os mecanismos da economia sem rasurar as respectivas diferenças e nuances só podia ser recebida como um reforço mais dos vícios “imperialistas”. Curiosamente, os mesmos discursos que denunciavam tais crimes emudeceram em 1993, quando o mesmo Spielberg apresentou um filme chamado A Lista de Schindler (mantendo, entretanto, o seu militante silêncio). Mais do que isso: hoje em dia, finais de 2010, quando o domínio americano sobre os mercados do cinema é mais avassalador do que nunca (e também mais agressivo para as cinematografias nacionais), ninguém diz uma palavra sobre Hollywood — a começar pelos extraordinários filmes que alguns dos seus criadores continuam a fazer.

* 2010. Muito coisa mudou. Mas o menosprezo pela inteligência de cada um tem mais poder do que nunca. Assim, está instalado um novo maniqueísmo, inevitavelmente secundado pela brutalidade “argumen-tativa” que impera na blogosfera: qualquer dúvida que seja colocada sobre o pensamento que induz as práticas do WikiLeaks — e, consequentemente, sobre a relação do espaço jornalístico com essas práticas — surge, algures, imediatamente conotada com um qualquer crime sem apelo: protecção do mesmo “imperialismo americano”; cedência a todos os valores totalitários herdados do século XXI; e, claro, em Portugal, pensamento vergonhosamente “vendido” (fiquemo-nos pelos eufemismos mais simpáticos) ao governo de José Sócrates.

* Inanidade. Há nisto tudo uma inanidade que ameaça tomar conta das nossas relações humanas — é a que nos obriga a pôr de parte a nossa capacidade de pensar a complexidade do mundo contemporâneo (com os muitos erros que isso pode implicar), para nos condenarmos a escolher apenas um lugar fixo e imutável num mapa de conflitos sempre maniqueístas, sempre vingadores e vingativos.

* Século XXI. Aquilo com que tal inanidade não aceita lidar é a dificuldade imensa — e muito humana — de sabermos o que fazer face às convulsões que, todos os dias, invadem o nosso quotidiano a partir dos telejornais, da imprensa, da Internet. Dito de outro modo: haverá quem pense que vivemos como escravos dos EUA; haverá quem veja naqueles que contradizem o seu modo de pensar a encarnação de um mal radical, insuportável na figura imaginada do outro; haverá quem considere que não há nenhuma diferença entre José Sócrates e um ditador sanguinário — haverá quem pense, democraticamente, tudo isso, mas nada isso configura uma boa razão para que tratemos o WikiLeaks como uma espécie de maná divino que somos obrigados a aceitar como um dado “natural” e inquestionável deste final da primeira década do século XXI.

* Conflito vs. confronto. Muitos discursos mediáticos contribuem, de forma mais ou menos (in)consciente e (in)voluntária, para a ideologia do conflito que, nos nossos dias, domina a maioria das práticas sociais — a começar pelos telejornais: recentemente, vimos mesmo um ministro a ser obrigado a justificar-se sobre o modo como o seu governo tinha ou não “previsto” enfrentar certas convulsões atmosféricas como os tufões... e, pelos vistos, quase ninguém quer ver que quando chegamos à normalização mediática de tal visão dos governantes (com a disponibilidade de alguns desses governantes para a protagonizar), ficamos todos a perder. Não se trata, entenda-se, de pregar qualquer ecumenismo pateta — trata-se de tentar encontrar os enunciados que possam contrariar essa ideologia, favorecendo verdadeiras práticas, não de conflito, mas de confronto.

* WikiLeaks. Face ao WikiLeaks, o confronto que se desenha é cada vez mais claro:
— há uma ideologia libertária que vê no WikiLeaks a encarnação automática de uma nova idade da transparência;
— há também toda uma pluralidade de dúvidas e hesitações que convergem num ponto essencial: a necessidade de repensar os modelos, práticas e valores do jornalismo face aos novos modos de existência — e, sobretudo, de circulação — da informação.

* Big Brother. Temos assistido, assim, à consolidação de uma tendência ideológica em nada estranha ao triunfo social dos valores (?) impostos pela “big-brotherização” do espaço televisivo. O seu valor central implica uma cruel menorização do jornalista — sendo chocante observar como a classe, em termos gerais, não reage a tal menorização. Assim, o jornalista deixa de ser aquele que inventaria os dados do mundo, que os organiza, selecciona, pensa e divulga. Nada disso (aliás, para muitas mentes, a noção de que informar implica seleccionar é qualquer coisa que arrasta logo a convocação da palavra “censura”, desligada de qualquer esforço mínimo de contextualização histórica): o jornalista é apenas aquele que põe “cá fora” tudo o que lhe aparece pela frente...

* Gargante Funda. Há uma lição pedagógica de um filme americano, hélas!, que condensa exemplarmente, e premonitoriamente, alguns dos dramas com que agora nos confrontamos: abordando o caso Watergate, Os Homens do Presidente (1976), de Alan J. Pakula, constrói-se como um retrato íntimo de um trabalho jornalístico que não se concebe como uma mera câmara de eco de uma qualquer fonte imaculada, mas que lida com essa fonte como um problema, entre muitos outros, inerente à teia de informações em que se movimenta e intervém. Aliás, detalhe com sugestivos ecos simbólicos, no Watergate, a fonte principal tinha um cognome colhido no limitado imaginário da pornografia: “Garganta Funda”. Agora, vivemos um tempo em que quase todos, políticos e jornalistas, nos querem fazer aceitar esse imaginário como coisa natural e redentora. Se resistir a tal formatação das mentes e da vida social é um índice imperialista, tanto pior para os que resistem — em todo o caso, é isso que está em jogo; e tentar pensar isso não significa, em nenhum momento, abdicar do necessário, louvável e sistemático escrutínio de qualquer governo, de qualquer cor política.

Saturday, August 27, 2011

Quando o baile passou por Lisboa

Foto: DN

Este texto de crítica ao concerto de Lady Gaga no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, foi originalmente publicado na edição de 12 de Dezembro do DN com o título ‘O Baile de Orgulho de Lady Gaga e seus Monstrinhos’.

Os números antecipados não deixaram ninguém enganado. Os números, entenda-se, das vezes que Lady Gaga mudou de roupa, dos novos temas a ser revelados ao longo do concerto, da quantidade de camiões que transportam na estrada todo o aparato cénico que transporta a Monster Ball Tour. Mas na noite de sexta- -feira, perante um Pavilhão Atlântico cheio e rendido desde bem antes da entrada em cena da rainha da noite, houve sobretudo espaço para a surpresa, que chegou na forma de uma entertainer que sabe juntar as artes do canto, da dança e da mise-en-scène a uma constante comunicação com a plateia, não perdendo nunca a oportunidade para expressar uma atitude política, mais que uma vez trazendo a Lisboa uma mensagem de firme apoio à comunidade LGBT (lésbica, gay, bissexual e transgénero) que tem defendido desde os primeiros passos da sua carreira pública. De resto, e com uma recorrente enunciação de uma ideia de igualdade e integração dos excluídos (e aqui não apenas pela sua orientação sexual), Lady Gaga não deixou de mostrar porque muitos dela fizeram um ícone de absoluta referência.

Tratando os presentes como os seus "monstrinhos" e integrando a palavra Portugal em inúmeros instantes ao longo de todo o concerto, transportando até a dada altura uma bandeira portuguesa, Lady Gaga mostrou que quem a reduz a uma ideia de estrela para aparato visual e ponto final mais não faz senão expressar um preconceito mal informado.

De facto, e ao contrário de outros grandes espectáculos de grande produção do nosso tempo, ficou claro que a Monster Ball Tour não se limita a uma ideia de monumento para encher o olho. Além de uma mão-cheia de belíssimas canções pop com alma em sintonia com a pista de dança e de um conjunto de quadros cénicos (e com mais que apenas efeitos em vídeo), Lady Gaga leva a cena heranças naturais da tradição pop/rock cedendo espaço de visibilidade aos músicos (e não apenas a si mesma e aos bailarinos), ela mesma tocando piano (com uma espantosa atitude showbiz, cruzando diálogos com a plateia com a canção que nos ia apresentando) e, mais tarde, um bizarro teclado que mais parecia coisa saída de um filme de ficção-científica.


Lady Gaga é um ícone pop dos nossos dias e a Monster Ball é talhada à imagem e personalidade da figura que já inscreveu na história recente da cultura popular. É uma diva vestida a excesso e glamour, mas também a figura magoada. É brilho e luz, mas também sombra e sangue. Do jogo de contrastes nascendo uma voz que a si chama incompreendidos e diferentes, com eles partilhando o baile que, se por um lado é festa e libertação, por outro não deixa de reflectir sobre um mundo onde a noção de igualdade nem sempre é lida da mesma forma como a cantora o faz. Ela nasceu assim, como o deixou claro na hora de apresentar as cenas dos próximos capítulos em Born This Way, álbum a editar em Maio de 2011 e do qual levou a palco dois temas e uma declaração de princípios que reforça a sua forma diferente de estar na vida e música.

Sem pedir a caução da memória dos telediscos para chamar ao palco os singles que já fizeram história (evocando contudo as coreografias), apresentando uma colecção de criações de fazer inveja a muita passagem de modelos, Lady Gaga desfilou canções que são já clássicos do presente. Love Game, Just Dance, Paparazzi, Telephone ou Alejandro, terminando a noite ao som do inevitável Bad Romance. É raro vermos um artista da dimensão de uma Lady Gaga visitar-nos tão cedo na sua carreira. A boas horas a Monster Ball Tour não deixou assim Portugal excluído da mais impressionante digressão pop do presente.

Friday, June 10, 2011

À espera de Jim Carrey


Jim Carrey é um daqueles nomes capazes de sustentar um filme, garantindo o seu lançamento automático e célere... Será? O caso de I Love You Philip Morris, em que contracena com o também magnífico Ewan McGregor, conta uma história um pouco diferente.
Notável comédia sobre um amor homossexual, questionando ponto por ponto todos os clichés (cinematográficos, morais, etc.) que o tema poderia suscitar, o filme esteve presente há mais de um ano e meio, em Maio de 2009, no Festival de Cannes. Depois, foi surgindo um pouco por toda a parte, incluindo Portugal (em Abril de 2010, com o título Eu Amo-te Philip Morris), mas permanecendo inédito nos EUA [notícia no site Deadline].
Na prática, julga-se que o universo temático do filme terá gerado algumas resistências. Em todo o caso, o certo é que sucessivos conflitos produção/distribuição contribuíram para esta espera de quase dois anos (a primeira apresentação de I Love You Philip Morris ocorreu em Janeiro de 2009, no Festival de Sundance). É uma história que se pode resumir entre os dois cartazes aqui reproduzidos: à esquerda, o de Cannes; à direita, o do actual lançamento americano. Ironia complementar: nos próximos Oscars, Jim Carrey pode vir a ser um candidato muito sério à nomeação para melhor actor.