Monday, January 30, 2012

Joseph Studio 40090 Tall Standing Girl Angel Bird Feeder Statue, 17-Inch


Features
  • Home and Garden Accent
  • Resin Stone Mix
  • Indoor or Outdoor

List Price: $70.00
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Product Description
17-Inch tall Standing Girl Angel Bird Feeder, great for any garden or outdoor living space, Home and Garden Accent.


Statues - Indoor & Garden .:. Catholic Faith Store .:. Statues ... St. Joseph Home Seller Statue Kit. Saint Joseph, Patron of a Happy Home, knew all about selling and buying homes. He protected and provided for Mary and Jesus, and ... Buy Toys + Games at Online Discount Toy Store : P Buy Toys and Games : Toy Titles : P ... crimsonbird.com site index Online Shopping Directory >> Toys & Games : See All Categories 717 eBay - Electronics, Cars, Fashion, Collectibles, Coupons and ... Find great deals on eBay for 717 and vintage pull toy. Shop with confidence. Standing Bird Feeder - Compare Prices, Reviews and Buy at Nextag Standing Bird Feeder - 37 results like Zenith Innovation Birdfeeder The Effortless, Shabby Cottage Chic Standing Bird Feeder, Shabby Cottage Chic Standing Bird Feeder ... Moses by Michelangelo - 17" Moses Statue, A. Santini Studios ... Moses by Michelangelo - 17" Moses Statue, A. Santini Studios on sale now! Find great deals on other Figurines items. Track Price Drops & Read Reviews on Moses by ... occupied japan eBay - Electronics, Cars, Fashion, Collectibles ... Find occupied japan from a vast selection of Collectibles. Shop eBay! THE BEST PRICES ARE HERE OK, you've come here seeking things about the Yard Statue search related word(s). You'll find the best deals for Yard Statue related items can be gotten at Amazon. Shop for Glass house studio angel online - Compare Prices, Read ... Explore discounts on Glass house studio angel. Compare Prices, & Save Money on brands such as at Bizrate.com. Antique Treasures And Collectibles wind Articles tagged with 'Wind' at Antique Treasures And Collectibles Solar Garden Cherub Statue - ShopWiki ShopWiki has 143 results for Solar Garden Cherub Statue, including Solar Cherub Garden Statue, Solar Cherub with Lantern Garden Statue, Roman Joseph's Studio Solar ...

Sunday, January 29, 2012

Red Carpet Studios Mosaic Mobile Wind Chime, 40-Inch Long, Owl


Features
  • Wind Chimes topped with an eye-catching mosaic
  • Has metal chime bars and a metal frame decorated glass that shines in the light
  • Adds motion, music, and art to your outdoor decor
  • Owl sparkles in oranges and brown
  • Wind Chime is 40-Inch long and approximately 7-1/2-Inch wide

List Price: $24.38
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Product Description
Red Carpet Studios presents Mosaic Mobile Wind Chimes. Shaped wire frame is accented with colorful glass pieces that shine in the sunlight, adding color to the pleasant sound of the metal chime bars. Mosaic Mobile Wind Chimes are available in shapes including hummingbird, cardinal, butterfly, frog, sun, and more. Also check out our Mosaic Garden Stakes.


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Dudamel em DVD antes de nova visita

Foi editado em DVD o registo do concerto inaugural da temporada 2010/2011 da Los Angeles Philarmonic, que tem, pelo segundo ano, o venezuelano Gustavo Dudamel como director artístico. O concerto juntou a voz de Juan Diego Flórez à orquestra, interpretando obras de Rossini, Granada, Moncayo e Gutiérrez, com Verdi e Donizetti em encore. Recorde-se que, ainda este mês, Dudamel visitará novamente Lisboa, desta vez com a Los Angeles Philarmonic, para dois concertos nos dias 22 e 23 no Grande Auditório da Gulbenkian.

Thursday, January 26, 2012

Williraye Studio Eweltide Greetings


Features
  • 7" x 3.5" x 8"
  • Handpainted and Handcrafted

List Price:
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Product Description
Delight in the festive Christmas Decorations from Williraye Studio. They will start conversations!!


Um mundo com WikiLeaks (4)

JAWS / Tubarão (1975)

[1] [2] [3]

* 1975. Em 1975, quem defendesse o filme Tubarão, de Steven Spielberg, era acusado de cumplicidade com o “imperialismo americano”. Assim mesmo, literalmente: o mundo das ideias só podia existir como uma paisagem dicotómica e a simples sugestão de que era possível lidar com a especificidade cinematográfica, os gestos da política e os mecanismos da economia sem rasurar as respectivas diferenças e nuances só podia ser recebida como um reforço mais dos vícios “imperialistas”. Curiosamente, os mesmos discursos que denunciavam tais crimes emudeceram em 1993, quando o mesmo Spielberg apresentou um filme chamado A Lista de Schindler (mantendo, entretanto, o seu militante silêncio). Mais do que isso: hoje em dia, finais de 2010, quando o domínio americano sobre os mercados do cinema é mais avassalador do que nunca (e também mais agressivo para as cinematografias nacionais), ninguém diz uma palavra sobre Hollywood — a começar pelos extraordinários filmes que alguns dos seus criadores continuam a fazer.

* 2010. Muito coisa mudou. Mas o menosprezo pela inteligência de cada um tem mais poder do que nunca. Assim, está instalado um novo maniqueísmo, inevitavelmente secundado pela brutalidade “argumen-tativa” que impera na blogosfera: qualquer dúvida que seja colocada sobre o pensamento que induz as práticas do WikiLeaks — e, consequentemente, sobre a relação do espaço jornalístico com essas práticas — surge, algures, imediatamente conotada com um qualquer crime sem apelo: protecção do mesmo “imperialismo americano”; cedência a todos os valores totalitários herdados do século XXI; e, claro, em Portugal, pensamento vergonhosamente “vendido” (fiquemo-nos pelos eufemismos mais simpáticos) ao governo de José Sócrates.

* Inanidade. Há nisto tudo uma inanidade que ameaça tomar conta das nossas relações humanas — é a que nos obriga a pôr de parte a nossa capacidade de pensar a complexidade do mundo contemporâneo (com os muitos erros que isso pode implicar), para nos condenarmos a escolher apenas um lugar fixo e imutável num mapa de conflitos sempre maniqueístas, sempre vingadores e vingativos.

* Século XXI. Aquilo com que tal inanidade não aceita lidar é a dificuldade imensa — e muito humana — de sabermos o que fazer face às convulsões que, todos os dias, invadem o nosso quotidiano a partir dos telejornais, da imprensa, da Internet. Dito de outro modo: haverá quem pense que vivemos como escravos dos EUA; haverá quem veja naqueles que contradizem o seu modo de pensar a encarnação de um mal radical, insuportável na figura imaginada do outro; haverá quem considere que não há nenhuma diferença entre José Sócrates e um ditador sanguinário — haverá quem pense, democraticamente, tudo isso, mas nada isso configura uma boa razão para que tratemos o WikiLeaks como uma espécie de maná divino que somos obrigados a aceitar como um dado “natural” e inquestionável deste final da primeira década do século XXI.

* Conflito vs. confronto. Muitos discursos mediáticos contribuem, de forma mais ou menos (in)consciente e (in)voluntária, para a ideologia do conflito que, nos nossos dias, domina a maioria das práticas sociais — a começar pelos telejornais: recentemente, vimos mesmo um ministro a ser obrigado a justificar-se sobre o modo como o seu governo tinha ou não “previsto” enfrentar certas convulsões atmosféricas como os tufões... e, pelos vistos, quase ninguém quer ver que quando chegamos à normalização mediática de tal visão dos governantes (com a disponibilidade de alguns desses governantes para a protagonizar), ficamos todos a perder. Não se trata, entenda-se, de pregar qualquer ecumenismo pateta — trata-se de tentar encontrar os enunciados que possam contrariar essa ideologia, favorecendo verdadeiras práticas, não de conflito, mas de confronto.

* WikiLeaks. Face ao WikiLeaks, o confronto que se desenha é cada vez mais claro:
— há uma ideologia libertária que vê no WikiLeaks a encarnação automática de uma nova idade da transparência;
— há também toda uma pluralidade de dúvidas e hesitações que convergem num ponto essencial: a necessidade de repensar os modelos, práticas e valores do jornalismo face aos novos modos de existência — e, sobretudo, de circulação — da informação.

* Big Brother. Temos assistido, assim, à consolidação de uma tendência ideológica em nada estranha ao triunfo social dos valores (?) impostos pela “big-brotherização” do espaço televisivo. O seu valor central implica uma cruel menorização do jornalista — sendo chocante observar como a classe, em termos gerais, não reage a tal menorização. Assim, o jornalista deixa de ser aquele que inventaria os dados do mundo, que os organiza, selecciona, pensa e divulga. Nada disso (aliás, para muitas mentes, a noção de que informar implica seleccionar é qualquer coisa que arrasta logo a convocação da palavra “censura”, desligada de qualquer esforço mínimo de contextualização histórica): o jornalista é apenas aquele que põe “cá fora” tudo o que lhe aparece pela frente...

* Gargante Funda. Há uma lição pedagógica de um filme americano, hélas!, que condensa exemplarmente, e premonitoriamente, alguns dos dramas com que agora nos confrontamos: abordando o caso Watergate, Os Homens do Presidente (1976), de Alan J. Pakula, constrói-se como um retrato íntimo de um trabalho jornalístico que não se concebe como uma mera câmara de eco de uma qualquer fonte imaculada, mas que lida com essa fonte como um problema, entre muitos outros, inerente à teia de informações em que se movimenta e intervém. Aliás, detalhe com sugestivos ecos simbólicos, no Watergate, a fonte principal tinha um cognome colhido no limitado imaginário da pornografia: “Garganta Funda”. Agora, vivemos um tempo em que quase todos, políticos e jornalistas, nos querem fazer aceitar esse imaginário como coisa natural e redentora. Se resistir a tal formatação das mentes e da vida social é um índice imperialista, tanto pior para os que resistem — em todo o caso, é isso que está em jogo; e tentar pensar isso não significa, em nenhum momento, abdicar do necessário, louvável e sistemático escrutínio de qualquer governo, de qualquer cor política.

Tuesday, January 24, 2012

Red Carpet Studios Black Rotating Motor


Features
  • Black rotating motor
  • Cylindrical in shape and black in color
  • Rotates at approximately 40 to 50 RPM
  • Add motion to your red carpet studios spirals
  • Measures 8-inches in length

List Price: $13.99
This Month Special Offer: check this out!

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Product Description
Black rotating motor rotates at approximately 40 to 50 RPM. Requires one D-size battery (not included).


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Sunday, January 22, 2012

Sigmund Freud não fez greve


PIERRE BONNARD
Dois Cães numa Rua Deserta
c. 1894

É bem verdade que o imaginário tele-futebolístico contaminou todas as áreas do viver social. Assim, sempre que se referem resultados de jogos, emerge como uma espécie de castigo divino a noção de que os números são "justos" ou "injustos"... Coitadas das equipas que passam 89 minutos fechadas na sua área, mantendo a baliza inviolável, e conseguem um golito milagroso aos 90: estão fora da lei porque, dizem quase todos os comentadores, protagonizam uma injustiça!
Não admira que a greve seja tratada da mesma maneira: de todas as áreas políticas, os actores sociais assumem-se como vencedores de um mero processo de quantificações. O que pressupõe uma forma trágica de esvaziar qualquer confronto político: imagina-se a transformação social a partir de uma guerra pueril em que cada um acena, heroicamente, com a milagrosa justiça do seu número — "O meu é maior que o teu!" (Freud explica).
Entretanto, desenha-se a hipótese de um confronto militar entre as duas Coreias, capaz de fazer explodir o planeta... Ainda bem: eis uma boa nota de rodapé, para depois do apocalipse benfiquista.

Wednesday, January 18, 2012

Mais que o intelecto, as emoções


Vladimir Horowitz (1903-1989), um dos maiores pianistas do século XX, vê a sua discografia tardia, registada e editada pela Deutsche Grammophon, reunida numa caixa de sete discos. Inevitavelmente o seu inconfundível papillon como imagem na capa da caixa.

Foi o próprio Vladimir Horowitz quem disse que, quando se sentava ao piano, nunca sabia como iria tocar a peça que estaria pela sua frente. “Toco-a como a sinto no momento”, revelou, adiantando que “a cabeça, o intelecto, é apenas o factor de controle no fazer da música. Não é o guia. O guia são os sentimentos”, concluiu. A frase, que podemos ler na contracapa da caixa Complete Works on Deutsche Grammophon, traduz de facto a alma dos (re)encontros que aqui nos surgem em disco. A caixa recorda um tempo intenso na vida do pianista, que nesses dias (estamos em meados dos oitentas) regressou pela primeira vez à sua Rússia natal (após 60 anos de ausência) e protagonizou digressões por grandes cidades europeias onde há muito também não actuava. São sete CD que incluem, entre outros, títulos marcantes como The Last Romantic, Horowitz In Moscow, Horowitz at Home ou o mais recente Horowitz In Hamburg – The Last Concert (registo da sua derradeira actuação, em Junho de 1987, levada a disco pela primeira vez no catálogo da DG em 2008). Por estes sete discos surge uma sucessão de interpretações de obras para piano de compositores como Mozart, Liszt, Schumann, Schubert, Chopin, Scarlatti, Rachmaninov, Scriabin ou Bach. Já em Horowitz Plays Mozart encontramo-lo, acompanhado pela Orquestra do Teatro Alla Scala, dirigida por Carlo Maria Giulini, interpretando o Concerto para piano Nº 23, naturalmente de Mozart (como o título do disco deixa claro).

Friday, January 13, 2012

Da televisão como lojinha de horrores

PIETER BRUEGEL, O VELHO
O Triunfo da Morte
c. 1562

Na televisão fala-se mal, não por erro natural, mas por sistema. E quase já ninguém olha para nada... Este texto foi publicado no Diário de Notícias (10 de Dezembro), com o título 'Lojinha de horrores'.

1. Nas televisões, já quase ninguém evoca o passado dizendo, por exemplo, “há dois dias...”. Mas também ninguém usa a alternativa “dois dias atrás...”. Agora, virou moda dizer “há dois dias atrás...”. O gongorismo da fala contaminou o quotidiano. Repare-se como, em poucos anos, o país inteiro deixou de saber dizer “à última hora...”, triunfando o horroroso linguajar do “à última da hora...”. Esta semana até apareceu, algures, nas legendas de uma série.

2. Há uns anos, as televisões tentaram impor a “colorização” dos filmes a preto e branco. Venderam-se milhares de televisores a cores, bombardeando os consumidores com a ideia de que o preto e branco, horroroso vício do cinema, era um sinal de pobreza expressiva. Será que tais consumidores nunca viram Casablanca? Em todo o caso, o episódio encerra uma lição pedagógica: nas televisões, onde a regra é dar a ver, predomina a inanidade do olhar. Só isso explica que num dos sectores fundamentais do audiovisual, o futebol, as entidades envolvidas (a começar pelos clubes) continuem sem corrigir o uso de equipamentos semelhantes pelas equipas em confronto. Veja-se a confusão televisiva que se estabelece quando as camisolas têm riscas, umas verticais, outras horizontais: aconteceu, recentemente, no Portimonense-Sporting (já tinha acontecido no Sporting-Porto). É bem certo que temos realizadores de jogos de futebol muito competentes. Mas temos também um sistema audiovisual que não sabe avaliar os efeitos mais básicos das suas próprias imagens.

3. Começamos a ficar fartos da “crise”. Da linguagem da “crise”, entenda-se. Massacram-nos com infinitas discussões sobre os horrores que nos esperam e ninguém, em nenhum debate, se atreve a falar de uma evidência que merecia ser questionada: no Natal publicitário, dos relógios aos automóveis de luxo, vivemos em clima de radiosa prosperidade e riqueza. Porque nunca se problematizam os valores que dominam as mensagens publicitárias? Porque não se pensam tais mensagens como elementos incontornáveis das relações sociais e simbólicas? Já ninguém tem gosto em olhar à sua volta?

Tuesday, January 10, 2012

Joaquin Phoenix à deriva


Uma estrela face ao olhar dos media... Ou as atribulações da fama. Joaquin Phoenix revisita o tema em I'm Still Here, um "mockumentary" não exactamente sobre a deriva artística, mas apenas à deriva — este texto foi publicado no Diário de Notícias (16 de Dezembro), com o título 'A patética herança dos "apanhados"'.

Decididamente, a estética dos “apanhados” televisivos tomou conta de muitos aspectos da nossa existência. Como era fácil de prever, a sua generalização instalou dois valores (ou falta de valores) dominantes: por um lado, há “amadores” que julgam que fazer cinema é registar o vizinho a estatelar-se no degrau que eles próprios tiveram o cuidado de viciar; por outro lado, qualquer “repórter” que consiga fazer gaguejar um político, de preferência ofendendo-o na sua competência ou dignidade, tem direito a ser consagrado como efémero herói da televisão.
Apesar de tudo, não se esperava que esse patético infantilismo tomasse conta de um actor tão talentoso como Joaquin Phoenix (lembram-se dele na personagem de Johnny Cash em Walk the Line?). Mas foi o que aconteceu. Com a cumplicidade de outro actor, o seu cunhado Casey Affleck, neste caso assinando como realizador, Phoenix decidiu montar toda uma teia de equívocos, começando por declarar que se ia retirar do cinema e dedicar-se à música rap. Enquanto o logro durou, andou a fazer aquilo que I’m Still Here testemunha. Ou seja: a acumular dissertações sobre a condição de “artista” e a angústia visceral da “arte” que, de tão anedóticas, envergonhariam o mais medíocre candidato a estudante dessa coisa muito nobre que dá pelo nome de cinema.
O problema não é a “mentira” que Phoenix e Affleck nos querem vender. Afinal de contas, não é por qualquer irrepreensível naturalismo que admiramos Orson Welles, Federico Fellini ou David Lynch. O problema é esta redução do discurso cinematográfico a um truque sem imaginação. Momento emblemático: depois de uma performance de palco, Phoenix vomita longamente na sanita... Como filosofia estética, não poderia ser mais esclarecedor.

Wednesday, January 4, 2012

Joe Gores (1931 - 2011)


Escritor de romances policiais, autor de Spade & Archer (2009), uma "prequela" do clássico The Maltese Falcon, de Dashiell Hammett, Joe Archer faleceu no dia 13 de Janeiro em Greenbrae, California — contava 79 anos.
Ganhou o Edgar Award de melhor primeiro romance com A Time of Predators (1969). Desde Dead Skip (1972), alguns dos seus romances mais populares, conhecidos pela designação "DKA Files", envolvem a Dan Kearny and Associates, entidade ficcional constituída por detectives privados. Dashiell Hammett (1894-1961) foi sempre o seu modelo inspirador, a ponto de ter publicado um romance, Hammett (1975), recriando o seu trabalho na célebre Pinkerton National Detective Agency, no período 1915-22. Editado em Portugal, em 1982, pela Relógio de Água, Hammett seria adaptado ao cinema — Hammett, Detective Privado (1982) [cartaz francês] — numa realização de Wim Wenders, com produção de Francis Ford Coppola.


>>> Obituário no New York Times.